Formação

Qual o valor da mulher?




A mulher tem o papel de gerar vida




Eu faço parte das mulheres do século XXI e tenho convivido com os inúmeros conflitos e questionamentos que dizem respeito à mulher atualmente. Sinceramente, penso que nunca, em toda a história, nós tivemos tantas crises de identidade como hoje. Desde a Revolução Sexual, nos anos 60, a identidade e o lugar da mulher na sociedade são interrogados. 

Qual o valor da mulher? Ela nasceu apenas para ser mãe e dona de casa? Ela tem os mesmos direitos que o homem? A mulher é proprietária do seu corpo e, por isso, tem direito de fazer dele o que desejar? 

Por outro lado, também são inquestionáveis as inúmeras conquistas femininas ao longo dos últimos séculos: o direito de votar, de participar ativamente na sociedade e no trabalho. É impossível não se lembrar da médica Zilda Arns, que trabalhou incansavelmente contra a mortalidade infantil e fundou a Pastoral da Criança e do Idoso. Com certeza, você também deve lembrar-se de outras grandes mulheres que fizeram a diferença na história do mundo. Hoje, elas já têm um vasto espaço conquistado e consolidado. Mas por que os conflitos continuam?

Em 1968, na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos da América, as mulheres queimaram seus sutiãs. Para elas, isso representou a "queima" da opressão feminina. Hoje, muitas continuam afirmando que o topless é uma maneira de serem livres e usarem do seu corpo como desejarem. Mas eu lhe pergunto: para você, isso é liberdade? 

Entre a liberdade e a libertinagem existe um abismo. Sim, a Revolução Sexual trouxe um novo olhar sobre a mulher, mas trouxe também dilemas que tocam a própria dignidade humana. Usar a liberdade é o maior desafio existencial. Direito de ser mulher? Sim, é nosso direito assumir nosso ser feminino. Contudo, só quem sabe seus direitos é capaz de usá-los com a devida liberdade sem partir para a libertinagem. Quando somos libertinos, não há limites, tudo é válido e, por isso, não há mais o conceito de certo ou errado; qualquer coisa é relativa ou “normal”. 

Relembro outra grande mulher dos nossos tempos, Madre Teresa de Calcutá. Ela ganhou o prêmio Nobel da Paz, teve reconhecidos seu valor e seu papel como mulher na sociedade, mas nunca precisou queimar o sutiã para mostrar sua dignidade. 

Explico-lhe, agora, o significado da palavra "dignidade" e a coloco no feminino. Segundo o dicionário, digna é aquela merecedora de elogios, honesta, honrada. Sinônimos para "digna" são: casta, correta, íntegra, imaculada. Quando nós deixamos de exercer a liberdade e passamos à libertinagem, ouso dizer que começamos a ser o antônimo de digna, ou seja, passamos a ser indignas, vis, inadequadas, inconvenientes, obscenas, indecentes, escandalosas, imorais, menosprezíveis, vergonhosas, baixas, pornôs (o dicionário relata 75 antônimos para digno). É o resultado do mau uso da dignidade, virtude a que somos chamadas a viver como mulheres. 

Lutamos tanto para ser iguais aos homens, que esquecemos nossa feminilidade. Na Carta Apostólica Mulieris Dignitatem, João Paulo II escreve: "A mulher é forte pela consciência dessa missão, forte pelo fato de que Deus 'lhe confia o homem', sempre e em todos os casos, até nas condições de discriminação social em que ela se possa encontrar. Esta consciência e esta vocação fundamental falam à mulher da dignidade que ela recebe de Deus mesmo, e isto a torna 'forte' e consolida a sua vocação. Deste modo, a 'mulher perfeita' (cf. Prov 31, 10) torna-se um amparo insubstituível e uma fonte de força espiritual para os outros, que percebem as grandes energias do seu espírito. A estas 'mulheres perfeitas' muito devem as suas famílias e, por vezes, inteiras nações".    

A mulher tem o papel de gerar vida. Naturalmente, ela tem em si o dom da maternidade. Gerar vida e não morte; gerar alegria e não tristeza; gerar coragem e não medo; gerar união e não discórdia; gerar paz e não guerra; gerar amor e não o ódio. 

Magda Ishikawa
Missionária da Comunidade Canção Nova

Mês vocacional

 
Deus quis precisar de nós
 
 
Agosto é considerado o Mês Vocacional, dedicado à reflexão sobre as vocações em geral. Neste mês, costuma-se celebrar as diferentes vocações por semana:

Primeiro domingo: vocação sacerdotal;

Segundo domingo: vocação familiar, dos pais;

Terceiro domingo: vocação à vida consagrada dos religiosos e das religiosas;

Quarto domingo: vocação do laicato na Igreja, ministérios leigos e catequistas.

Deus quis precisar de nós. Como em Jeremias 1,5 - “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes do teu nascimento, eu já te havia consagrado” -, Deus espera de nós uma resposta a Seu chamado. É esta a vocação de cada um. 

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Fraternidade e juventude

 
Só assim teremos uma juventude feliz




Numa vida frenética, agitada e de muitas preocupações, as pessoas necessitam de momentos de recolhimento e de atenções voltadas para objetivos concretos. Isto reflete as atitudes de Marta e Maria, quando Jesus as visita em sua casa (Lc 10, 38-42). A melhor parte ficou com Maria, que deu atenção às palavras do Mestre.

É desafiante, hoje, tirar tempo para ouvir, sabendo fazer silêncio. O frenetismo é próprio da juventude. Marta e Maria, certamente, eram também jovens. No jovem está concentrada a força da vida, a esperança de um mundo melhor e mais comprometido com a dignidade do ser humano. Mas essas forças precisam ser canalizadas para o bem e a realização humana das pessoas.

Neste ano, as atenções da Igreja se voltam para a juventude. A Campanha da Fraternidade deu destaque para o tema: “Fraternidade e Juventude”, acreditando na força missionária do jovem. Agora, realiza mais uma Jornada Mundial da Juventude, tendo como intenção concreta despertar em cada jovem seu compromisso com as realidades da cultura moderna. A cidade do Rio de Janeiro está sendo o palco principal. A expectativa é de que milhares de jovens do Brasil, e do mundo todo, ali se encontrem, na data de 22 a 28 deste mês, num mega evento de confraternização. Devem ser dias marcados por muitos acontecimentos formativos, culturais e de muita oração.

Contamos com a presença do Papa Francisco realizando o encontro da Igreja consigo mesma e com o mundo, num processo de provocar nos jovens e em todos os participantes o encontro com Jesus Cristo e a motivação missionária. Toda movimentação da semana vem sendo preparada, com muito carinho, por uma multidão de pessoas, principalmente jovens.

A JMJ Rio 2013 não pode ser apenas um acontecimento a mais na caminhada da Igreja, mas a descoberta do Mistério Pascal presente e encontrado na Pessoa de Jesus Cristo. Portanto, é o encontro do jovem com outros jovens e com Deus.

Só assim teremos uma juventude feliz, responsável e construtora de uma vida marcada pela esperança.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)

Fonte: CançãoNova.com



Deus, o grande esquecido




O estilo de Deus é a paciência


“A história demonstra que, quando o homem arranca Deus de sua consciência, também arranca do coração as fibras do bem que o ajudam a não cometer monstruosidades. Perdendo Deus, o homem perde também a humanidade” (Cardeal Angelo Amato - Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos).
Ao receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1970, Alexander Soljenítsin, famoso historiador e escritor russo, pronunciou essas palavras: “Consagrei-me durante 50 anos ao estudo. Li centenas de livros, reuni muitos testemunhos pessoais, publiquei oito obras. Hoje, se tivesse de resumir o mais brevemente possível a verdadeira causa de nosso problema, só teria uma explicação: o homem esqueceu-se de Deus... E se me pedissem que dissesse claramente qual a maior ameaça, ainda assim não acharia outra coisa a dizer, senão que o homem se esqueceu de Deus”.

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Eu estava errado. Perdoe-me!

 
Por qual motivo temos dificuldade de pedir perdão?

 

 Em muitas situações de desentendimento e desconfiança nos relacionamentos humanos, bem como nas separações, brigas no trabalho e nos ambientes sociais, é importante reconhecermos uma de nossas grandes falhas: a falta de um pedido de perdão. Não reconhecermos nossos erros é um grande obstáculo na qualidade do convívio.

Por qual motivo temos estas dificuldades? Um deles é admitir a “perda da nossa dignidade”, ter de passar por cima do nosso orgulho, sentirmo-nos ameaçados ao expormos nossos pontos fracos, ou que, ao pedirmos desculpas, o outro “nos 'passe na cara' ou use isto como uma vingança”, ou ainda que “seja lembrado pelos erros ou punido por ser honesto”. (Powell, J. 1985). Acho que, muitas vezes, você já viveu isto, não é mesmo?

Em várias situações, sentimo-nos inferiores ao pedir desculpas; temos a necessidade de passar parte de nossa vida provando que somos sempre certos, que somos sempre capazes, que somos fortes e invencíveis. De alguma forma, esta necessidade vai sendo imposta a nós e pode ser uma grande armadilha em nossas vidas.

Em outras situações, posso usar o seguinte pensamento: "se não recebi as desculpas do outro, por que eu vou me sujeitar a pedir desculpas?”. Isto nada mais é do que um grande processo de imaturidade, ao deixarmos que os comportamentos da outra pessoa possam determinar os nossos comportamentos e atitudes. É como achar certo roubar, porque alguém já roubou, não foi descoberto e nunca foi punido. 

Para que possamos chegar ao ponto de pedir desculpas, é válido encontrar um ponto de honestidade com nós mesmos, assumindo falhas e limitações. Esta honestidade interior faz com que vejamos, verdadeiramente, nossa responsabilidade nas situações, possamos reconhecer o que fizemos e entrar numa atitude de reconciliação com o outro. Talvez, nem sempre consigamos perdão, mas a atitude de reconhecer é totalmente sua e, certamente, muito libertadora.

Peça desculpas, mas livre-se dos que levam você a pensar: “você provocou isto”, “só reagi assim, porque você é culpado”, “estou tratando você como fui tratado por você”. Tais formas “racionais” de explicar um fato, apenas alimentam em nós mais raiva e mais ressentimento. Faz com que cubramos nossos erros e não permite que, honestamente, possamos admitir o que foi feito de errado.

“O perdão é instrumento de vida” (Cencini, A . 2005) e “força que pode mudar o ser humano”. Certamente, “a falha em pedir desculpas”  e em perdoar só servirão para prolongar a separação entre duas pessoas. Para isto, “a verdade precisa estar presente em todos os sinceros pedidos de desculpa” (Powell, J. 1985), compreendendo a extensão dos prejuízos que nossas atitudes, por vezes desordenadas e desmedidas, possam ter provocado na vida do outro.

Por vezes, precisamos quebrar nossas barreiras interiores e realizarmos um grande esforço ao dizer: “Eu estava errado, perdoe-me!”, pois este esforço fará sua vida muito melhor, mesmo que o outro não aceite, de imediato, seu pedido, mas sua vida já foi mudada a partir deste gesto.

 
Pense nisto: Para quem você gostaria de pedir perdão hoje?  

Os efeitos da fofoca

Ela tem o poder de destruir os relacionamentos
 
Já sofremos muitas vezes com os efeitos malévolos da fofoca em nossos relacionamentos.

Muito longe de um diálogo, certos comentários rompem com qualquer possibilidade de entendimento, pois nunca acontecem na presença da pessoa de quem se fala. Quase sempre as observações feitas nesta conversa acontecem em tom de maldade e exageros, sobre uma verdade distorcida, a qual, as pessoas se julgam capazes de dar soluções para a vida de outros.

Seja por conta de um problema que alguém está vivendo momentaneamente ou até mesmo pelo sucesso em seus empreendimentos, sempre haverá alguém desejoso (a) em fazer suas especulações.

Assim, no propósito de “fazer apenas um comentário”, a conversa termina estabelecendo conceitos nada edificadores a respeito de quem não pode se defender.

A fofoca age como uma praga e se espalha rapidamente entre as pessoas dentro de nossos relacionamentos. Da mesma maneira que a lenha é combustível para o fogo, aquele que dá ouvidos aos mexericos alimenta uma tendência que pode provocar as discórdias entre aqueles com quem até pouco tempo conviviam.

Quem se presta a esse tipo de serviço, certamente conta com a sua credibilidade para reforçar aquilo que se tem interesse em divulgar. E um fator que torna este tipo de conversa ainda mais prejudicial é a maneira como o fato é transmitido, pois cada pessoa ao fazer seu comentário a um terceiro, agrega elementos que ofuscam ou desvirtuam a verdade.

Fonte: CançãoNova.com

 

 


É preciso perder o medo de errar!


Quem se reconhece e se aceita, quem é humilde, não tem medo de errar. Por quê? Porque se, depois de ponderar, prudentemente, a sua decisão, ainda cometer um erro, isso não o surpreenderá, pois sabe que é próprio da sua condição limitada. São Francisco de Sales dizia de uma forma muito expressiva: “Por que se urpreender que a miséria seja miserável?”.




Lembro-me ainda daquele dia em que subia a encosta da Perdizes, lá em São Paulo, para dar a minha primeira aula na Faculdade Paulista de Direito, da PUC (Pontifícia Universidade Católica). Ia virando e revirando as matérias, repetindo conceitos e ideias. Estava nervoso; não sabia que impressão causariam as minhas palavras naqueles alunos de rosto desconhecido. E se me fizessem alguma pergunta a qual eu não saberia responder? E se, no meio da exposição, eu esquecesse a sequência de ideias?



Entrei na sala de aula tenso, com um sorriso artificial. Comecei a falar. Estava excessivamente pendente do que dizia, nem olhava para a cara dos alunos. Falei quarenta e cinco minutos seguidos sem interrupção, sem consultar uma nota sequer.



Percebi, porém, um certo distanciamento da “turma”, um certo respeito. Um rapaz, muito comunicativo e inteligente, talvez para superar a distância criada entre o grupo e o professor, aproximou-se e me cumprimentou: “Parabéns, professor. Que memória! Não consultou, em nenhum momento, os seus apontamentos. Foi muito interessante!"



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O que é o credo?

O Creio é o resumo da fé católica
Desde o início de sua vida apostólica, a Igreja elaborou o que passou a ser chamado de “Símbolo dos Apóstolos”, cujo nome é o resumo fiel da fé dos apóstolos; foi uma maneira simples e eficaz de a Igreja exprimir e transmitir a sua fé em fórmulas breves e normativas para todos. Em seus doze artigos, o 'Creio' sintetiza tudo aquilo que o católico crê. Este é como "o mais antigo Catecismo romano". É o antigo símbolo batismal da Igreja de Roma.

Os grandes santos doutores da Igreja falaram muito do 'Credo'. Santo Ireneu (140-202), na sua obra contra os hereges gnósticos, escreveu: "A Igreja, espalhada hoje pelo mundo inteiro, recebeu dos apóstolos e dos seus discípulos a fé num só Deus, Pai e Onipotente, que fez o céu e a terra (...).Esta é a doutrina que a Igreja recebeu; e esta é a fé, que mesmo dispersa no mundo inteiro, a Igreja guarda com zelo e cuidado, como se tivesse a sua sede numa única casa. E todos são unânimes em crer nela, como se ela tivesse uma só alma e um só coração. Esta fé anuncia, ensina, transmite como se falasse uma só língua.  (Adv. Haer.1,9)

São Cirilo de Jerusalém (315-386), bispo e doutor da Igreja, disse: "Este símbolo da fé não foi elaborado segundo as opiniões humanas, mas da Escritura inteira, de onde se recolheu o que existe de mais importante para dar, na sua totalidade, a única doutrina da fé. E assim como a semente de mostarda contém, em um pequeníssimo grão, um grande número de ramos, da mesma forma este resumo da fé encerra, em algumas palavras, todo o conhecimento da verdadeira piedade contida no Antigo e no Novo Testamento (Catech. ill. 5,12)




Santo Ambrósio (340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja que batizou Santo Agostinho, mostra de onde vem a autoridade do 'Símbolo dos Apóstolos', e a sua importância:
"Ele é o símbolo guardado pela Igreja Romana, aquela onde Pedro, o primeiro dos apóstolos, teve a sua Sé e para onde ele trouxe a comum expressão da fé" (CIC §194)."Este símbolo é o selo espiritual, a mediação do nosso coração e o guardião sempre presente; ele é seguramente o tesouro da nossa alma” (CIC §197). Os seus doze artigos, segundo uma tradição atestada por Santo Ambrósio, simbolizam com o número dos apóstolos o conjunto da fé apostólica (cf. CIC §191).

O símbolo da fé, o 'Credo', é a “identificação” do católico. Assim, ele é professado solenemente no dia do Senhor, no batismo e em outras oportunidades. Todo católico precisa conhecê-lo com profundidade.

Por causa das heresias trinitárias e cristológicas que agitaram a Igreja nos séculos II, III e IV, ela foi obrigada a realizar concílios ecumênicos (universais) para dissipar os erros dos hereges. Os mais importantes para definir os dogmas básicos da fé cristã foram os Concílios de Nicéia (325) e Constantinopla I (381). O primeiro condenou o arianismo, de Ário, sacerdote de Alexandria que negava a divindade de Jesus; o segundo condenou o macedonismo, de Macedônio, patriarca de Constantinopla que negava a divindade do Espírito Santo.

Desses dois importantes Concílios originou-se o 'Credo' chamado "Niceno-constantinopolitano", o qual traz os mesmos artigos da fé do 'Símbolo dos Apóstolos', porém de maneira mais explícita e detalhada, especialmente no que se refere às Pessoas divinas de Jesus e do Espírito Santo.

Além desses dois símbolos da fé mais importantes, outros 'Credos' foram elaborados ao longo dos séculos, sempre em resposta a determinadas dificuldades ou dúvidas vividas nas Igrejas Apostólicas antigas. Um exemplo é o símbolo “Quicumque”, dito de Santo Atanásio (295-373), bispo de Alexandria; as profissões de fé dos Concílios de Toledo, Latrão, Lião, Trento e também de certos Pontífices como a do Papa Dâmaso e do Papa Paulo VI (1968).

O Catecismo da Igreja nos diz que: "Nenhum dos símbolos das diferentes etapas da vida da Igreja pode ser considerado como ultrapassado e inútil. Eles nos ajudam a tocar e a aprofundar, hoje, a fé de sempre por meio dos diversos resumos que dela têm sido feitos" (CIC § 193).

O Papa Paulo VI achou oportuno fazer uma solene Profissão de Fé no encerramento do “Ano da Fé” de 1968. O Papa Paulo VI quis colocá-lo como um farol e uma âncora para a Igreja caminhar nos tempos difíceis que vivemos, por entre tantas falsas doutrinas e falsos profetas, que se misturam sorrateiramente como o joio no meio do trigo, mesmo dentro da Igreja.

Paulo VI falou, na época, daqueles que atentam “contra os ensinamentos da doutrina cristã”, causando “perturbação e perplexidade em muitas almas fiéis”. Preocupava o Papa as “hipóteses arbitrárias” e subjetivas que são usadas por alguns, mesmo teólogos, para uma interpretação da revelação divina, em discordância da autêntica interpretação dada pelo Magistério da Igreja.

Sabemos que é a Verdade que nos leva à salvação (cf. CIC §851). São Paulo fala da “sã doutrina da salvação” (2 Tm 4,7) e afirma que “Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4); e “a Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3,15).

Com este artigo queremos dar início a uma série de outros doze, explicando, resumidamente, cada um dos artigos do 'Credo'.

Fonte: Professor Felipe Aquino

Quem é Jesus Cristo para mim?

"O Jesus dos Evangelhos é o Jesus real"







Essa é uma pergunta que o Papa Bento XVI respondeu no seu livro “Dogma e Anúncio”. O Santo Padre afirmou que: “A partir de Jesus Cristo creio vislumbrar o que é Deus e o que é o homem”. Deus Pai não é só abismo infinito e altura infinita, mas também distância infinita e proximidade infinita. Podemos nos confiar a Ele e falar com Ele, pois Ele nos ouve, vê e ama. “Embora não seja tempo, contudo, tem tempo: também para mim”. Deus se revela em Jesus Cristo quando Este o chama de Pai, e por este mesmo dizer se une intimamente a nós.
Por um lado, o ser humano não é capaz de suportar o homem inteiramente bom, justo, amante da verdade, que não faz mal a ninguém. Quem é assim é crucificado pelo próprio homem. “Assim sou eu também – diz o Santo Padre – esta é a verdade assustadora que vem a mim de Cristo crucificado”. Por outro lado, o homem possui uma natureza capaz de ser expressão de Deus. Além disso, por esta mesma natureza, Deus pode unir-se ao homem.
Tais afirmações têm como fundamento a experiência pessoal do Papa de como Jesus Cristo entrou em sua vida. Ele encontrou Cristo na fé da Igreja, não com um grande personagem do passado, mas com “Alguém que vive e age hoje, que se pode encontrar hoje”. Jesus e a Igreja são inseparáveis e também se identificam. Todavia, Cristo supera infinitamente a Igreja, é o que diz o Concílio de Calcedônia: Ele é o Senhor da Igreja e a sua norma. Isso é, ao mesmo tempo, uma consolação e um apelo. É uma consolação porque Cristo está muito acima das leis e das coisas exteriores, mas também um apelo, pois “Ele exige muito mais do que a Igreja ousa exigir e, ao radicalismo das Suas palavras, só corresponde propriamente o radicalismo de decisões como as que realizaram o patriarca do deserto Santo Antão ou São Francisco de Assis ao aceitarem o Evangelho em sentido completamente literal”.

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O que são livros apócrifos? 
São aqueles livros que foram escritos pelo povo de Deus, mas que não foram considerados pelo Magistério da Igreja como revelados pelo Espírito Santo, portanto, não são canônicos, isto é, não fazem parte do cânon (índice) da Bíblia. As razões que levaram a Igreja a não considerá-los como Palavra de Deus é que muitos são fantasiosos sobre a Pessoa de Jesus e sobre outros personagens bíblicos. Além disso, muitos destes possuem até heresias como o gnosticismo. No entanto, neles há algumas verdades históricas e isso faz a Igreja considerá-los importantes nos estudos. Há livros apócrifos referentes ao Novo e ao Antigo Testamento.

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Como é ser um jovem católico hoje?

Entende-se por católico, aquela pessoa que aderiu à religião Católica para o seguimento a Jesus Cristo. Ser católico não é só dizer que é, mas seguir com amor o que Ela – A Igreja – nos apresenta e nos propõe para um seguimento fiel a Jesus Cristo. Deve-se escutar sempre a Palavra de Deus e praticá-la, observar os mandamentos de Deus e da Igreja, servir e amar os irmãos, participar das pastorais e movimentos, celebrar os Sacramentos, especialmente a Eucaristia, Ápice da Vida da Igreja.


Ser católico não é fácil, menos ainda nos tempos modiernos. As críticas à Igreja e à Doutrina Católica são bastante, o protestantismo aumenta a cada dia, os fieis cada vez mais dispersados no mundo. Se para os mais experientes é difícil, quanto mais para um jovem, que sempre está em mudança, com sua garra e disposição, agitado, sempre em discernimento.  

Como ser um jovem católico ativo na Igreja?

Muitos têm uma pequena concepção que “a Igreja é pra gente velho”, mas não ver que hoje a maioria dos padres são jovens e que têm muitos jovens ativos na comunidade e são felizes por isso. A Igreja é rica em movimentos e pastorais, ou seja, em ministérios e  vem investindo muito em como evangelizar a juventude. Hoje existe a PJ (pastoral da juventude), o EJC (Encontro de Jovens com Cristo), vários encontros para jovens, como, por exemplo o DNJ (Dia Nacional da Juventude),  a Catequese, especialmente da Crisma, que são jovens os catequistas. A Igreja está aberta para a novas comunidades de vida e aliança e aos novos carismas.Hoje muitos jovens são participantes da Renovação Carismática Católica, que vem sendo uma grande ajuda na evangelização da juventude.

O jovem tem muitas opções para ser um católico fiel e ativo, basta ser incentivado, querer e ter responsabilidade. Ser um jovem católico nos proporciona novas conquistas, amizades, um bom relacionamento com o próximo e um grande amigo: DEUS. O jovem é bem querido na Igreja e é o futuro desta mesma Igreja. Por isso vamos aderir com amor a proposta da Igreja em seus ministérios diversos e servir a Deus na observância da Palavra, Eucaristia, Caridade e anunciar o Cristo, que é Caminho, Verdade e Vida.

Fonte: http://jovemdefe.wordpress.com/2009/04/21/como-e-ser-um-jovem-catolico/

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Sacramentos

Batismo

O que é o Batismo ?

O Batismo é o sacramento comum a todos os cristãos. A Igreja administra-o segundo a missão que o Senhor lhe confiou: "Ide... fazei discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo." (Mt 28, 19). Os ministros ordinários do Batismo são o bispo, o sacerdote ou o diácono. Em caso de necessidade grave, qualquer pessoa - mesmo não estando batizada - pode administrá-lo, desde que queira fazer o que faz a Igreja (cf. CIC 1256). "Batizar" vem de uma palavra grega que significa "mergulhar"...
Mergulhado (batizado) na morte para a salvação do mundo (cf. CIC 1225). Quando uma pessoa não batizada dá a sua vida por Jesus Cristo (martírio), recebe o Batismo de sangue. Fala-se também de Batismo de desejo entre os não batizados que praticam o bem, se comprometem pelo próximo e deste modo - às vezes sem o saberem - seguem a Cristo. Quanto às crianças que morrem sem Batismo, acreditamos que, na sua misericórdia, Deus não as abandona.

FRUTOS DO BATISMO

O Batismo vale uma vez por todas. Não se pode revogá-lo nem reiterá-lo.. Porque imprime no cristão um selo espiritual definitivo da sua pertença a Cristo. A este selo indelével, dá-se o nome de "caráter batismal", que nenhum pecado pode apagar, mesmo que o pecado impeça o Batismo de produzir seus frutos de salvação (cf. CIC 1272). O Batismo institui uma relação pessoal com cada uma das Pessoas da Santíssima Trindade: o Espírito Santo derrama em nós a graça santificante que nos torna "participantes da natureza divina" (2 Pd 1,4). Isso significa que somos filhos adotivos de Deus em Jesus Cristo, que é Filho Único do Pai. A graça santificante encerra as virtudes teologais de fé, esperança e caridade, em virtude das quais podemos conhecer Deus como ele se conhece, amá-lo como ele se ama, e esperar viver para sempre em comunhão com ele, conforme o seu desejo. A graça comporta também os dons do Espírito Santo, que pode levar-nos a viver e a agir sob a sua moção (CIC 1266). O Batismo faz-nos também participantes do sacerdócio de Cristo, da sua missão de sacerdote, profeta e rei, isto é, permite-nos oferecer-nos com ele ao Pai, testemunhar o Evangelho e consagrar o mundo a Deus: é o sacerdócio comum dos fiéis. O Batismo apaga o pecado original, opera o perdão dos pecados, torna-nos filhos de Deus, irmãos e irmãs de Jesus Cristo, membros da Igreja. Somos irmãos e irmãs uns dos outros e podemos dizer de verdade: "Pai nosso que estais no céu". O Batismo é um começo, primícia de Deus que é preciso fazer frutificar ao longo de toda a vida. Se formos fiéis a Cristo na fé, na esperança e na caridade, então, a graça recebida no Batismo atua em nós e cresce. O Batismo encontra, portanto, a sua plena realização na santidade a que todos somos chamados e que se realiza progressivamente graças ao crescimento da vida de Deus em nós.


QUEM PODE RECEBER O BATISMO?

A Igreja chama ao Batismo tanto as crianças como os adultos. As pessoas que se batizam pela Igreja em idade adulta passam por uma fase de aprendizagem da fé: o catecumenato que as conduz, por etapas, ao Batismo e as incorpora na Igreja. O Catecumenato: tempo de preparação ao Batismo pela iniciação na fé e na vida cristã, no caso do Batismo de um adulto. Para os batismos de crianças, este catecumenato tem lugar evidentemente depois do Batismo, quando elas chegam à idade em que podem compreender e querer que desabroche nelas a graça do Batismo recebido ao seu nascimento. E o que chamamos de catecismo (cf. CIC 1231). Desde o princípio, a Igreja também batizou as crianças, porque é necessário "não impedir as crianças de virem a Cristo, pelo dom do santo Batismo" (CIC 1261). Quando os pais, os padrinhos e madrinhas trazem uma criança às fontes batismais, porque querem transmitir-lhe não apenas a vida, mas também a fé da Igreja prometem educá-la de maneira e catequizá-la.

O OBJETO E A FORMA DO BATISMO

Objeto: ÁguaForma: mergulha-se três vezes o catecúmeno na pia batismal, ou derrama-se por três vezes a água sobre a sua cabeça, enquanto se pronunciam as seguintes palavras: "Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo".


O BATISMO NAS SAGRADAS ESCRITURAS

Nas Sagradas Escrituras:João Batista tinha pregado um Batismo de água e de arrependimento, a fim de preparar a vinda do Messias, e Jesus quis receber este Batismo de João no rio Jordão como "o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29). Jesus deu-nos o Batismo no Espírito, a fim de que todos os homens possam renascer da água e do Espírito para entrar no Reino de Deus (Jo 3, 5).A pregação de Pentecostes por São Pedro, em Jerusalém, vai direto ao coração de muitos ouvintes. Eles perguntam a ele, e aos outros apóstolos: "Que devemos fazer?". Conforme ao mandato do Senhor (Mt 28,19), São Pedro responde: "Convertei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo" (At 2, 37-38).A nova comunidade de Deus, a Igreja, não cresce apenas entre os judeus. Nos Atos dos Apóstolos (8, 26-40), São Lucas narra à história de Filipe, um dos sete diáconos. Inspirado por Deus, vai pela estrada que conduz a Gaza. Encontra aí um homem importante, vindo da Etiópia, que regressa para casa depois de ter ido rezar no templo de Jerusalém, e que, sentado no seu carro, lê a profecia de Isaías (Is 53, 7-8). Filipe ouve o que este estrangeiro está lendo e pergunta: "Tu compreendes o que estás lendo?" - "Como poderia, se não há alguém que me oriente?" Filipe explica, então, como a palavra do profeta se realiza em Jesus Cristo: Ele veio para reconciliar os homens com Deus. Foi rejeitado e aceitou o sofrimento; não se defendeu contra a morte na cruz. Foi morto como um cordeiro levado ao sacrifício. Mas Deus ressuscitou-o. Está vivo e nós somos suas testemunhas. Ele é o Salvador e Redentor. Aquele que acredita que Jesus é o Messias, o Senhor e se faz batizar, torna-se um homem novo, um cristão. Pelo caminho, encontram uma nascente de água. O etíope diz: "Aqui temos água! Que impede que eu seja batizado?" Ambos vão até a água e Filipe o batiza: "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Foi este o primeiro cristão de África.São Paulo também cita o Batismo, como maneira de Renascer em Cristo morrendo para o pecado: "No Batismo, fostes sepultados com ele, com ele também fostes ressuscitados, porque crestes na força de Deus, que o ressuscitou de entre os mortos". CL 2, 12.

A VIGÍLIA PASCAL

O Batismo pode ser dado em todos os tempos, mas está particularmente ligado à Vigília Pascal, durante a qual se celebra a Ressurreição de Cristo.A água batismal é benta durante a Vigília Pascal:"Olhai agora, ó Pai, a vossa Igrejae fazei brotar para ela a água do Batismo. Que o Espírito Santo dê, por esta água, a graça do Cristo,a fim de que o ser humano,criado à vossa imagem,seja lavado da antiga culpa pelo Batismo e renasça pela água e pelo Espírito Santo para uma vida nova".É também durante a Vigília Pascal que os fiéis - adultos e crianças - renovam a profissão de fé do seu Batismo.

Crisma

O QUE É CRISMA:

Tal como o Batismo, a Confirmação imprime também na alma um caráter espiritual, um selo indelével; é por isso que só se pode receber este sacramento uma vez...
Este caráter nos abre mais à ação do Espírito Santo que habita em nós; permite-nos crescer na nossa relação filial com o Pai; enraíza-nos mais profundamente na Igreja; dá-nos luz, força e amor para vivermos e testemunharmos Jesus Cristo com o nosso ser e as nossas ações. Todos devem poder reconhecer: aqui está um cristão que fala e age como tal (cf. CIC 1303).


FRUTOS DO CRISMA

Sob o impulso do Espírito Santo, os Confirmandos dizem "sim" a Cristo, professam a sua disponibilidade para ele e a sua firme vontade de não renegar sua fé. Proclamam a sua vontade de se comprometer pela Igreja e prestar assistência a seus irmãos e irmãs. Não se espera que cresçam, porque a graça teria necessidade de ser ratificada para tomar-se efetiva. É, ao contrário, pela graça da Confirmação que o cristão pode plenamente fazer sua a graça de seu Batismo Por isso, a Confirmação é administrada aos jovens como "sacramento da maturidade cristã" - maturidade essa que não coincide necessariamente com a maturidade física.


QUEM PODE RECEBER O CRISMA?

"A Confirmação aperfeiçoa a graça batismal; é o sacramento que dá o Espírito Santo, para enraizar-nos mais profundamente na filiação divina, incorporar-nos mais firmemente a Cristo, tomar mais sólida a nossa vinculação com a Igreja, associarmos mais à sua missão e ajudar-nos a dar testemunho da fé cristã pela palavra, acompanhada das obras" (CIC 1316). Os adultos recebem a Confirmação ao mesmo tempo em que o Batismo.Na Igreja do Oriente, a Confirmação - e a Comunhão - têm lugar imediatamente depois do Batismo.Na Igreja do Ocidente, procede-se de outra maneira. Antes era o bispo, pai da Igreja local, quem batizava. Dada à multiplicação das paróquias, o bispo já não pode estar presente em todos os batismos. Separou-se, portanto, no tempo, o Batismo da Confirmação, e reservou-se ao bispo a Confirmação que é o consumação do Batismo.


O OBJETO E A FORMA DO CRISMA:

Objeto: Imposição das mãos do ministro ordinário do Crisma: O Bispo Forma: Quando o Bispo administra o sacramento da Confirmação, reza assim: "Deus Pai, todo-poderoso, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, pela água e pelo Espírito Santo, Fizestes renascer estes vossos servos, libertando-os do pecado, enviai-lhes o Espírito Santo Paráclito. Dai-Ihes, Senhor, a Espírito de sabedoria e inteligência, a Espírito de conselho e fortaleza, a Espírito de ciência e piedade, e enchei-nos do Espírito do vosso Santo Temor".

O Bispo (ou o prebístero) molha a extremidade do polegar da mão direita no crisma e faz com o mesmo polegar o sinal da cruz na fronte do confirmado responder Amém, acrescenta: A paz esteja contigo, ao que o confirmado responde: Amém. Durante a unção. pode-se entoar um canto apropriado.


O CRISMA NAS SAGRADAS ESCRITURAS

São Paulo diz: "O fruto do Espírito... é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio... Os que pertencem a Jesus Cristo crucificaram a carne com suas paixões e seus desejos. Se vivemos pelo Espírito, procedamos também de acordo com o Espírito". (Gl 5, 22-25)

CONFISSÃO

O QUE É A CONFISSÃO?


No início de cada celebração eucarística, dizemos todos juntos: "Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos anjos e santos, e a vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor". ..Rezamos assim porque sabemos que somos humanos. Alguém que pode fazer e pensar o mal, que pode tomar-se culpado diante de Deus, do próximo, das criaturas que lhe são confiadas. Rezamos assim, colocando a nossa confiança no Senhor, Jesus Cristo, que diz de Si mesmo: "Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores" (Mt 9, 13). Ele começa o seu ministério público pelo mandamento: "Convertei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo" (Mt 4, 17). Aos que se inquietam por ele dialogar com os pecadores, responde: "Haverá no céu alegria por um só pecador que se converte, mais do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão" (Lc 15, 7).


FRUTOS DA CONFISSÃO

A remissão dos pecados que proclamamos no Credo realiza-se para cada um de nós, de modo concreto, na sacramento da penitência. Cada batizado pode receber o sacramento da reconciliação por intermédio de um sacerdote enviado pela Igreja. Quem, depois do Batismo, cometeu uma falta grave, deve reconciliar-se com Deus e com a assembléia dos fiéis, antes de poder comungar. Exige-se do pecador que ele reconheça a sua falta no sacramento da reconciliação, tendo o firme propósito de mudar de vida; que confesse a sua falta disposto a reparar, na medida do possível, o que fez de mal, e a aceitar a penitência que lhe impõe o sacerdote. Mesmo que não tenha cometido falta grave, todo o cristão ganha, ao receber frequentemente o sacramento da Reconciliação. Os que têm esse hábito, sabem bem que acabam por confessar, cada vez, os mesmos pecados. Isto se deve ao fato de que existem em nós tendências que nos levam a recair frequentemente nas mesmas faltas. Confessar-se regularmente permite à graça do sacramento apagar os nossos pecados, purificar pouco a pouco as nossas más tendências e dar-nos a força de viver segundo as exigências do Evangelho. O sacramento da Reconciliação não é apenas um fato privado, mas reconcilia-nos com a Igreja, restaurando a comunhão fraterna que o pecado tinha fendido ou quebrado (cf. CIC 1469). Pela comunhão dos santos, existe entre os fiéis um intercâmbio maravilhoso em que a santidade de cada um beneficia a todos os outros (cf. CIC 1475), porque cada um carrega os fardos de seus irmãos. É por isso que o sacramento da Penitência e da Reconciliação pode também ter lugar no quadro de uma celebração comunitária na qual a confissão pessoal e a absolvição individual estão inseridas em uma liturgia da Palavra de Deus, com exame de consciência feito em comum, pedido comunitário de perdão, oração e ação de graças comuns, o que exprime mais claramente o caráter eclesial da Penitência. Em caso de necessidade grave, quando a confissão pessoal dos pecados não é possível, o sacerdote pode dar a um grupo o perdão e a reconciliação: trata-se da "absolvição geral". Mas cada um está obrigado, logo que lhe seja possível, a confessar individualmente os seus pecados graves (cf. CIC 1483).


QUEM PODE RECEBER O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA

Todo aquele que for batizado pode receber o sacramento da penitência desde que procure seguir alguns passos: Para confessar bem é necessária uma preparação imediata com a oração. Em seguida, faz-se um atento exame de consciência .Isto significa confrontar-se com a palavra de Deus para distinguir as próprias incoerências, defeitos e fraquezas em pensamentos, palavras, atos e omissões frente às exigências do Evangelho. Ter o firme propósito de não cometer novamente os pecados cometidos e procurar não mais cometer os mesmos erros. Existem dois tipos de pecados: "Convém avaliar os pecados segundo sua gravidade. Perceptível já na Escritura, a distinção entre pecado mortal e pecado venial se impôs na tradição da Igreja. A experiência humana a corrobora" (CIC 1854). "Para que um pecado seja mortal, requerem-se três condições ao mesmo tempo: 'É pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave, e que é cometido com plena consciência e deliberadamente'" (CIC 1857). "Comete-se um pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então ou quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento" (CIC 1862). Fazer todo possível para reparar o mal. A absolvição apaga o pecado, mas não corrige todas as desordens que ele causou. Por isso perdoado do pecado, o pecador deve ainda recuperar a plena saúde espiritual. O exercício penitencial que o confessor sugere não é dado só para expiação dos pecados cometidos e para reparar eventuais danos causados, mas também como ajuda para iniciar uma vida nova e favorecer a plena reparação da enfermidade do pecado. Esta reparação é a expressão de uma revisão autêntica da vida, na qual o penitente procura suportar e reparar os efeitos maléficos de suas ações ou omissões, no seguimento de Cristo e em solidariedade com seus irmãos, sobretudo com aqueles diretamente atingidos pelos seus pecados. Ela pode consistir em orações, mortificações, e em obras de misericórdia.


O OBJETO E A FORMA DA CONFISSÃO:

O Objeto: O próprio penitente A forma: Deus, Pai de misericórdia, que, pela morte e ressurreição de seu Filho reconciliou o mundo consigo e infundiu o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.


A CONFISSÃO NAS SAGRADAS ESCRITURAS

É Jesus diz da pecadora que lhe lavava os pés com lágrimas, que "os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, pois ela mostrou muito amor" (Lc 7, 47); é Ele quem veio procurar a ovelha perdida (Lc 15,4); foi Ele quem quis ficar em casa de Zaqueu, porque veio "procurar e salvar o que estava perdido" (Lc 19, 10); foi Ele quem, depois de ter despedido os que acusavam a mulher adúltera disse "quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra"... e a ela "Eu também não te condeno" (Jo 8, 7-11); foi Ele quem disse ao malfeitor crucificado junto dele, que estaria hoje mesmo no Paraíso (Lc 23, 43); foi Ele quem perdoou Pedra pela sua tríplice negação e fez dele o pastor do seu rebanho (Jo 21, 15-17).Nas suas parábolas, Jesus fala de Deus que ama os homens, como um pai ou uma mãe ama o filho e espera o seu regresso à beira do caminho (Lc 15, 11). O seu amor não se cansa jamais. Permanece mesmo quando aqueles que ele ama seguem o seu próprio caminho e vivem desprezando as suas palavras e os seus mandamentos.Jesus fala do Pai. Exorta o povo - cada um em particular - a converter-se e a voltar ao Pai, que é lento para a ira e pronto para o perdão. Investido da autoridade do Pai, Jesus oferece aos pecadores reconciliação e perdão: uma nova vida. A sua Igreja, comunidade de irmãos e irmãs de Jesus, é o lugar onde o filho pródigo, quando se arrepende, experimenta os braços abertos do Pai, e a sua alegria porque um irmão ou um filho, uma irmã ou uma filha, foram reencontrados.É para esta missão da Igreja que Jesus, no meio dos apóstolos, na noite de Páscoa, sopra sobre eles o Espírito Santo e lhes dá o poder de perdoar os pecados (Jo 20, 22-23). É também para este ministério de reconciliação que Jesus promete a São Pedro, a pedra fundamental da sua Igreja: "Tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16, 19).

A RECONCILIAÇÃO COM DEUS

O Sacramento da penitência é uma sacramento de profundo amor de Deus por todos nós. Ele quer ter perto e mergulhados na Sua graça e é através do arrependimento e da nossa conversão, que chegamos a essa graça santificante. Arrepender-se significa afastar-se do mal e dispor-se decididamente a um novo começo. E este novo começo vem com o perdão dado por De4us , através do Sacerdote:"A confissão individual e integral dos pecados graves, seguida da absolvição, continua sendo o único meio ordinário de reconciliação com Deus e com a Igreja" (CIC 1497).


Eucaristia

O QUE É A EUCARISTIA

O sacrifício de Jesus Cristo constitui a comunidade. Quando a Igreja - cada comunidade cristã (em particular, cada paróquia) - celebra a Eucaristia, deve estar disto consciente... Manifesta-se também como comunidade de ação de graças e de louvor, comunidade de partilha da comunhão. A Eucaristia é o memorial da última refeição de Jesus e do seu sacrifício na Cruz. Não se trata só de uma lembrança dos acontecimentos passados, mas da reatualização desses acontecimentos. Em cada Eucaristia, Cristo toma-se presente e atuante no próprio ato da sua Páscoa: sua morte e ressurreição que nos salvam, dão-nos a sua vida e nos unem a ele. A Eucaristia é um sacrifício, porque toma presente o único sacrifício da Cruz (cf. CIC 1363-1366). "O nosso Salvador instituiu na última ceia, na noite em que foi entregue, o Sacrifício Eucarístico do seu corpo e do seu sangue, para perpetuar no decorrer dos séculos, até ele voltar, o sacrifício da Cruz, e para confiar assim à Igreja... o memorial da sua morte e ressurreição" (Concílio Vaticano n, Sacrosanctum Concilium, 47).


FRUTOS DA EUCARISTIA:

Ao comungar o Corpo e o Sangue de Cristo, os cristãos estão unidos pessoalmente a Cristo. Ao receber o mesmo pão, que é o próprio Corpo de Cristo, os cristãos ficam igualmente unidos uns aos outros da maneira mais profunda e mais íntima possível. É por isso que a Eucaristia constitui a Igreja. A união ao Corpo eucarístico constrói o Corpo místico de Cristo: "Porque há um só pão, nós, embora muitos, somos um só corpo" (1 Cor 10,16-17). Por isso, ainda, a Eucaristia é a inauguração do banquete da glória futura, o "banquete das núpcias do Cordeiro" (Ap 19,9), como diz o sacerdote, ao convidar à comunhão, na missa do rito latino (cf. CIC 1130 e 1402-1403). A Eucaristia é inseparável da caridade fraterna. O Senhor ensina: "Quando estiveres levando a tua oferenda ao altar para levar a sua oferta, e ali te lembrares que teu irmão tem algo contra ti, deixa a tua oferenda diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão. Só então, vai apresentar a tua oferenda".(Mt 5, 23-24.)


Quem pode receber a Eucaristia

Cân. 912 - Qualquer batizado, não proibido pelo direito, pode e deve ser admitido à sagrada comunhão.

Cân. 913 - § 1. Para que a santíssima Eucaristia possa ser adminis­trada às crianças, requer-se que elas tenham suficiente conhecimento e cuidadosa preparação, de modo que possam compreender o mistério de Cristo, de acordo com sua capacidade, e receber o Corpo do Senhor com fé e devoção. § 2. Contudo, pode-se administrar a santíssima Eucaristia às crian­ças que estiverem em perigo de morte, se puderem discernir o Corpo de Cristo do alimento comum e receber a comunhão com reverência. *

Cân. 914 - É dever, primeiramente dos pais ou de quem faz a1:1 suas vezes e do pároco, cuidar que as crianças que atingiram o uso da razão se preparem convenientemente e sejam nutridas quanto antes com esse divino alimento, após a confissão sacramental; compete também ao páro­co velar que não se aproximem do sagrado Banquete as crianças que ain­da não atingiram o uso da razão ou aquelas que ele julgar não estarem suficientemente dispostas. Cân. 915 - Não sejam admitidos à sagrada comunhão os excomunga­dos e os interditados, depois da imposição ou declaração da pena, e ou­tros que obstinadamente persistem no pecado grave manifesto. *

Cân. 916 - Quem está consciente de pecado grave não celebre a mis­sa nem comungue o Corpo do Senhor, sem fazer antes a confissão sacra­mental, a não ser (lue exista causa grave e não haja o-portunidade -para se confessar; nesse caso, porém, lembre-se que é obrigado a fazer um ato de contrição perfeita, que inclui o propósito de se confessar quanto antes..

Cão. 917 - Quem já recebeu a santíssima Eucaristia novamente no mesmo dia, somente dentro da celebração que participa, salva a prescrição do cãn. 921, § 2.. Cão. 918 - ~ecomenda-se vivamente que os fiéis recebam a sagrada comunhão na própria celebração eucarística; seja-lhes, porém, administra­da fora da missa quando a pedem por justa causa, observando-se os ri­tos litúrgicos..

Cão. 919 - § 1. Quem vai receber a santíssima Eucaristia abstenha­-se de qualquer comida ou bebida, excetuando-se somente água e remédio, no espaço de ao menos uma hora antes da sagrada comunhão. § 2. O sacerdote que no mesmo dia celebra duas ou três vezes a san­tíssíma Eucaristia pode tomar alguma coisa antes da segunda ou terceira celebração, mesmo que não haja o espaço de uma hora. § 3. Pessoas idosas e doentes, bem como as que cuidam delas, po­dem receber a santíssima Eucaristia, mesmo que tenham tomado alguma coisa na hora que antecede.

Cão. 920 - § 1. Todo o fiel, depois de ter recebido a santíssima Eu­caristia pela primeira vez, tem a obrigação de receber a sagrada comu­nhão ao menos uma vez por ano. § 2. Esse preceito deve ser cumprido no tempo pascal, a não ser que, por justa causa, se cumpra em outro tempo dentro do ano..

Cão. 921 - § 1. Os fiéis em perigo de morte, proveniente de qual­ quer causa, sejam confortados com a sagrada comunhão como viático. § 2. Mesmo que já tenham comungado nesse dia, recomenda-se vi­~ente que comunguem de novo aqueles que vierem a ficar em perigo de morte.

Câo. 924 - § 1. O sacrossanto Sacrifício eucarístico deve ser cele­ brado com pão e vinho, e a este se deve misturar um pouco de água. § 2. O pão deve ser só de trigo e feito há pouco, de modo que não haja perigo de deterioração. § 3. O vinho deve ser natural, do fruto da uva e não deteriorado..

Câo. 925 - Distribua-se a sagrada comunhão sob a espécie de pão ou, de acordo com as leis litúrgicas, sob ambas as espécies; mas, em caso de necessidade, também apenas sob a espécie de vinho..

Câo. 926 - Na celebração eucaristica, segundo antiga tradição da Igre­ja latina, o sacerdote empregue o pão ázimo em qualquer lugar que ce­lebre.

Câo. 927 - Não é lícito, nem mesmo urgindo extrema necessidade, consagrar uma matéria sem a outra, ou. mesmo consagrá-Ias a ambas fora da celebração eucaristica. Câo. 928 - Faça-se a celebração eucaristica em língua latina ou outra língua, contanto que os textos litúrgicos tenham sido legitimamente apro­vados.


O OBJETO E A FORMA DA EUCARISTIA:


O Objeto: Pão e Vinho A forma: O sacerdote toma o pão e diz: "Tomai todos e comei: isto é o meu Corpo que será entregue por vós". O sacerdote toma o cálice e diz: "Tomai todos e bebei: este é o cálice do meu Sangue, o Sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos, para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim".


A EUCARISTIA NAS SAGRADAS ESCRITURAS

O sacramento da Eucaristia é o centro e o coração de toda a liturgia da Igreja de Jesus Cristo. Pois é nele que se cumpre, dia após dia, em toda a terra, a missão confiada aos apóstolos por Jesus, na véspera da sua Paixão: "Fazei isto em minha memória." Por isso a nossa celebração está fundada no memorial da Última Ceia de Jesus, tal como São Paulo a relata no seu testemunho sobre esta santa tradição. "De fato, eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: na noite em que ia ser entregue o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: 'Isto é o meu corpo entregue por vós; fazei isto em minha memória'. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: 'Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em minha memória'" (1 Cor 11,23-25).


A MISSA A Missa consta de quatro partes:


1) Início da celebração, com a saudação mútua, a preparação penitencial, a oração do Kyrie, o hino de louvor (o Glória) e a oração de abertura. 2) Durante a Liturgia da Palavra, nome da primeira parte da celebração eucarística, mas também de outros atos do culto divino, no decorrer dos quais é lido e comentado um trecho da Sagrada Escritura, são lidos três extratos da Bíblia: o primeiro, do Antigo Testamento ou dos Atos dos Apóstolos; o segundo, de uma das epístolas (cartas) apostólicas; o terceiro, dos Evangelhos. O sacerdote explica a palavra de Deus para que cada um compreenda como pode ser cristão nos nossos dias. Aos Domingo ou nas missas particularmente solenes, reza-se o Credo (profissão de fé). Na oração universal, a assembléia apresenta a Deus às necessidades da Igreja e do mundo. 3) Na liturgia eucarística, a assembléia celebra a Ceia do Senhor. Reúne-se à volta do altar que é ao mesmo tempo a pedra angular que representa Cristo, o altar do sacrifício e a mesa da refeição (cf. CIC 1182 e 1383). O pão e o vinho são trazidos ao altar onde são apresentados ao Senhor (ofertório). Depois, o celebrante, agindo na pessoa de Cristo, pronuncia a Oração Eucarística que começa com o Prefácio (grande oração de ação de graças), em seguida pede ao Pai que envie o Espírito sobre os dons a fim de que se tornem o Corpo e o Sangue de Cristo, e sobre os membros da assembléia que vão comungar para que sejam um só Corpo e um só Espírito (esta oração chamada "epiclese", de uma palavra grega cujo significado é "chamar sobre"). Em seguida, vem o relato da instituição na última Ceia: A Consagração: as palavras de Jesus "Isto é o meu Corpo, isto é o meu Sangue", não são simplesmente uma metáfora ou comparação. Acreditamos que, ao longo da celebração eucarística, o pão e o vinho - as nossas ofertas - são transformadas no Corpo e Sangue de nosso Senhor, sem contudo perder o seu aspecto visível. Acreditamos que no sacramento da Eucaristia estão "verdadeiramente contidos, real e substancialmente, o Corpo e o Sangue, juntamente com a alma e divindade de nosso Senhor Jesus Cristo, e por conseguinte, o Cristo todo inteiro" (Concílio de Trento que teve lugar de 1545 a 1563). É a este mistério da fé que nos referimos quando falamos de "consagração". Depois disto, faz-se o memorial do mistério da Páscoa e do regresso de Cristo, e apresenta-se ao Pai a oferenda do Filho (cf. CIC 1354). A oração continua com a intercessão da Igreja, unida à de Cristo, pelos vivos e os mortos, em comunhão com toda a Igreja do Céu (os Santos) e da terra (o Papa, os bispos, os ministros e todo o povo cristão). A oração acaba com uma solene ação de graças ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo, a que todos os fiéis respondem "Amém" para manifestar a sua plena participação nessa oração e nessa oferenda do sacrifício. No fim da oração eucarística, os fiéis recitam o "Pai Nosso", a oração que Cristo nos ensinou e na qual pedimos que nos dê o pão e perdoe os nossos pecados. O celebrante parte o pão consagrado (fração do pão) e toda a assembléia dá o abraço da paz. Depois, os fiéis recebem o pão consagrado e, algumas vezes, o cálice da salvação: são o Corpo e o Sangue de Cristo entregues por todos. 4) A celebração eucarística termina com a bênção final e a despedida da assembléia.

Matrimônio

 O que é Matrimonio

Matrimônio é uma união para toda a vida. Jesus disse: "O que Deus uniu, o homem não separe" (Mc 10, 9). Para muitos, esta palavra é dura, pois não há garantia de êxito em uma relação: as pessoas podem enganar-se, o seu amor pode asfixiar-se, em caso de doença ou em situações de sofrimento. Pode acontecer que duas pessoas que se amavam, deixem de compreender-se...
Já não conseguem dialogar, tomam-se estranhas uma à outra. Com efeito, o sacramento do casamento não deve permanecer uma simples recordação dos tempos felizes. O sacramento recebido continua a ser, cada dia e até o fim, a fonte de uma graça a que se pode recorrer incessantemente, a fim de conseguir a renovação do amor mútuo, a força do perdão, o apoio na provação, a alegria da fidelidade.

FRUTOS DO MATRIMÔNIO

É amando que o homem se toma plenamente o que ele é. Pois Deus - que é amor - criou-o à sua imagem, enquanto homem e mulher (Gn 1,27). Quando um homem e uma mulher se encontram, se amam, já não querem viver um sem o outro, devem preparar-se para isso. É o namoro, o noivado: escola de vida e de castidade, tempo de graça em que se aprofundam no seu projeto relativo aos compromissos do matrimônio. No sacramento do Matrimônio, prometem-se mutuamente fidelidade para toda a vida, intercambiando, livremente, o seu consentimento: é este consentimento que faz o matrimônio. O seu amor humano é então transformado interiormente pelo próprio amor de Deus, de maneira que se dão um ao outro este amor de Deus e se santificam mutuamente (cf. CIC 1639-1642). E porque se trata não só do amor dessas duas pessoas, mas também do amor de Deus, fazem esta promessa em público, diante da comunidade eclesial (manifestada particularmente pelas testemunhas) e diante do sacerdote. Este representa a Igreja, e dá-lhes a bênção nupcial pela qual os esposos, ministros do sacramento, recebem o Espírito Santo que realiza a comunhão de amor de Cristo e da Igreja (cf. CIC 1624)

QUEM PODE RECEBER O MATRIMÔNIO

Matrimônio é uma instituição natural, derivada da própria índole masculina e feminina, deve ser contraído apenas com uma preparação adequada e com maturidade dos noivos.

O OBJETO E A FORMA DO MATRIMÔNIO

Objeto: Os próprios noivos. A união dos esposos é selada por um dom mútuo entre ambos: tomam-se "um só corpo e uma só alma" e encontram assim a sua plenitude e felicidade. Forma : Eu.............. te recebo .............como meu esposo (esposa) e te, prometo ser fiel, amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.

O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO NAS SAGRADAS ESCRITURAS

Então Javé Deus fez cair sobre o homem um sono profundo, e este adormeceu. Tirou-lhe uma costela e fechou de novo a carne em seu lugar. Da costela que tirou do homem, Javé Deus edificou uma mulher e a apresentou ao homem. O homem exclamou: ?Desta vez, sim! É osso de meus ossos, e carne de minha carne! Esta se chamará mulher, isto é, a humana, porque do homem foi tirada?. É por isso que o homem deixará pai e mãe, e se apegará à sua mulher, e serão uma só carne?. (Gn 2, 21-24) O próprio Jesus cresceu em uma fanu1ia em que a santidade de Maria e de José era eminente. No limiar de sua vida pública, escolheu revelar-se aos discípulos realizando o seu primeiro milagre por ocasião de uma festa de casamento (Jo 2, 1-11). "A Igreja atribui grande importância à presença de Jesus nas núpcias de Caná. Vê nela a Confirmação de que o casamento é uma realidade boa e o anúncio de que, daí em diante, será ele um sinal eficaz da presença de Cristo" (CIC 1613). "Este mistério é grande: eu digo isto com referência a Cristo e à Igreja". Ef 5, 32.

O MATRIMÔNIO E A FAMÍLIA

Toda criança nasce normalmente no seio de uma família. Vê, em primeiro lugar. o rosto do pai e da mãe. Acompanhada do sorriso dos pais, a criança vai desenvolvendo-se na condição humana. Suas mãos ensinam-lhe a caminhar certo. Sabe que pode contar com o seu amor. Um ser humano que é privado desta boa experiência no início da sua vida, terá muitas vezes dificuldade em confiar nos outros, a acreditar no amor dado e recebido. Por sua própria natureza, o amor conjugal exige uma ultrapassagem e uma abertura à fecundidade. Da união dos esposos pode nascer uma nova vida: o homem e a mulher tomam-se pai e mãe. A sua vida dilata-se, então. Cada filho é um dom de Deus, mas também uma missão. Por isso é importante que os esposos considerem diante de Deus e da sua consciência o número de filhos e a sua capacidade de educá-los. É também por isso que cada criança tem o direito de nascer no seio de uma farru1ia fundada no matrimônio. "A unidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade são essenciais ao Matrimônio. A poligamia é incompatível com a unidade do Matrimônio; o divórcio separa o que Deus uniu; a recusa da fecundidade desvia a vida conjugal do seu 'dom mais excelente', a prole" (CIC 1664). Mas há casamentos que fracassam e os cristãos têm o direito a acreditar que, mesmo neste caso, não perdem o amor de Deus nem o da Igreja de Cristo (CIC 16491651).

ORDEM

O QUE É O SACRAMENTO DA ORDEM


Cristo Jesus é o único sacerdote, o único mediador entre Deus e os homens (l Tm 2, 5), porque, pela sua Encarnação, ele é plenamente Deus e plenamente homem, realizando perfeitamente a união das duas naturezas na sua única pessoa; oferece sobre a cruz o único sacrifício redentor que reconcilia todas as coisas com Deus (cf. CIC 1545).Ele fundou a Igreja como uma comunidade de louvor e de ação de graças, de vida e de partilha. A comunidade dos que estão reconciliados com Deus pelo seu Senhor Jesus Cristo. Toda pessoa batizada e confirmada participa do sacerdócio de Jesus Cristo... Por isso falamos de "sacerdócio comum" ou "sacerdócio batismal". Isto significa que cada um, segundo a sua própria vocação, participa na missão de Jesus Cristo: pela sua vida de fé, esperança e caridade, desdobramento da graça batismal no Espírito, cada cristão e cada cristã é, assim, em Cristo, sacerdote (oferece a si mesmo e a todos os seus irmãos a Deus), profeta (é testemunha de Deus e da sua Boa Nova) e rei (trabalha no aperfeiçoamento da criação segundo o desígnio de Deus).Para que a Igreja seja realmente o Corpo cuja Cabeça é Cristo (Cl 1, 18), é necessário que Cristo-Cabeça esteja visivelmente presente na sua Igreja, mesmo que, depois da sua Ascensão, a sua presença sensível nos tenha sido tirada (cf. CIC 788). Isto se realiza pelo sacerdócio ministerial que representa Cristo - quer dizer, toma-o presente. Os ministros escolhidos entre a comunidade de fiéis estão ao serviço dela, servidores do sacerdócio comum e do desenvolvimento da graça batismal de todos os cristãos. Preservam a sua unidade e velam pela fidelidade comum à fé. Estão consagrados para seu ministério (serviço) mediante o sacramento da ordem. A matéria da ordem é a imposição das mãos do Bispo e a forma é a oração consecratória. ( Cf. Pontificial Romano, Ordenação de Presbíteros, n. 22.


FRUTOS DO SACRAMENTO DA ORDEM

Para que a Igreja seja realmente o Corpo cuja Cabeça é Cristo (Cl 1, 18), é necessário que Cristo-Cabeça esteja visivelmente presente na sua Igreja, mesmo que, depois da sua Ascensão, a sua presença sensível nos tenha sido tirada (cf. CIC 788). Isto se realiza pelo sacerdócio ministerial que representa Cristo - quer dizer, toma-o presente. Os ministros escolhidos entre a comunidade de fiéis estão ao serviço dela, servidores do sacerdócio comum e do desenvolvimento da graça batismal de todos os cristãos. Preservam a sua unidade e velam pela fidelidade comum à fé. Estão consagrados para seu ministério (serviço) mediante o sacramento da ordem.

QUEM PODE RECEBER O SACRAMENTO DA ORDEM

Os homens aos quais foi confiado um ministério na Igreja, estão submetidos a critérios particulares. O que conta não é o saber nem a origem. Só contam a fé em Deus, a união a Jesus Cristo e o amor pelos homens, especialmente os pobres. Só aquele que faz sua a palavra de Jesus "Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos" (Mc 10, 43-44), pode vir a ser o sinal que toma sensível, de maneira humana, o amor de Deus. Em toda a Igreja, o episcopado - tal como o presbiterato na Igreja de rito latino é reservado a homens que não são casados. O diaconato pode ser confiado a homens casados.


O SACRAMENTO DA ORDEM NAS SAGRADAS ESCRITURAS

A primeira epístola de São Pedro (2, 9), recorda a uma comunidade perseguida a sua dignidade: "Mas vós sois a gente escolhida, o sacerdócio régio, a nação santa, o povo que ele conquistou, a fim de que proc1ameis os grandes feitos daquele que vos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa". Assim como São Pedro - instituído, pelo próprio Senhor, o primeiro dos Apóstolos - constitui, com os outros apóstolos, um só colégio apostólico, também o Papa, bispo de Roma e, como tal, sucessor de São Pedro, constitui com todos os bispos, sucessores dos apóstolos, um só colégio episcopal no qual todos os bispos partilham colegialmente a solicitude por todas as Igrejas (cf. CIC 1560). Como vigário de Cristo e pastor de toda a Igreja, o papa é a garantia e o fundamento da unidade da Igreja. A comunhão dos bispos exerce igualmente uma autoridade plena sobre toda a Igreja, mas unicamente em união com o Papa. bispo de Roma, e nunca fora deste. Quando há conflitos a resolver ou pontos de fé a explicitar, que concernem ao conjunto da Igreja, o papa convoca todos os bispos a uma grande assembléia, que se chama "concílio". Ao longo da história da Igreja houve 21 concílios. As suas decisões são válidas em toda a Igreja. O último concílio realizou-se no Vaticano. de 1962 a 1965.


OS TRÊS GRAUS DO MINISTÉRIO SACRAMENTAL NA IGREJA

Ainda hoje o ministério sacramental na Igreja compreende três graus: os bispos, os presbíteros e os diáconos. O bispo (o termo vem do vocábulo grego episkopos, que significa "vigilante") é o sucessor dos apóstolos. Recebeu a plenitude do sacramento da Ordem (cf. CIC 1557) por uma efusão especial do Espírito Santo, em virtude da consagração realizada pela oração e a imposição das mãos de outros bispos. Dirige uma "diocese". É responsável da proclamação do Evangelho, do culto divino, do anúncio da -fé, da santificação do Povo de Deus que ele guia para o Reino, e da atenção a todos, especialmente aos pequenos e aos pobres. Enquanto sucessores dos apóstolos, os bispos decidem a quem confiar um ministério na Igreja; ordenam os sacerdotes e os diáconos. O primeiro dentre eles é o bispo de Roma, o papa, sucessor de São Pedro a quem Jesus ressuscitado confiou o seu rebanho (Jo 21,15-17). Os sacerdotes (em grego: presbyteros - o "Ancião") são ordenados pelos bispos para serem seus colaboradores, principalmente no anúncio do Evangelho e na celebração dos sacramentos. Investidos da autoridade de Jesus, a maioria deles dirige uma paróquia (porção da diocese) e vela por ela. Na sua ordenação, o bispo é o primeiro a impor-lhes as mãos, seguido de todos os sacerdotes presentes que também lhes impõem as mãos em sinal da comunhão do colégio dos presbíteros (presbyterium) à volta do bispo a quem prometem obediência. Configurados a Jesus Servidor, os diáconos (em grego diakonos - "servidor") estão consagrados ao serviço da comunidade: serviço da caridade - em particular dos pobres e doentes - serviço da oração comunitária, serviço da palavra e da catequese (cf. CIC 1570). Cabe-lhes distribuir a Eucaristia, administrar o Batismo, abençoar o Matrimônio e presidir os funerais. São ordenados pelo bispo mediante a imposição das mãos.

 UNÇÃO DOS ENFERMOS

 O QUE É A UNÇÃO DOS ENFERMOS

A Unção dos Enfermos não é um sacramento só daqueles que se encontram às portas da morte. Pode ser dada a todos os que têm uma doença ou enfermidade grave, que ponha a sua vida em perigo, porque qualquer doença pode fazer-nos pressentir a morte. É oportuno receber este sacramento antes de uma operação importante ou quando, em razão da idade avançada, a fragilidade se acentua (cf. CIC 1514-1515). Quando as pessoas adoecem, a sua vida muda. Com freqüência, já não podem atender elas próprias às suas necessidades e dependem da ajuda alheia... Já não podem ir ao encontro dos outros, mas devem esperar que os outros venham a elas. Deixam de ser "rentáveis". Chega ao ponto que já nada "valem" aos olhos da sociedade.. Com freqüência caem no isolamento, perdem a coragem e a esperança. Jesus não evitou os doentes. Mostrou-lhes que Deus os ama, curou a muitos deles, porque ele veio para salvar e curar o homem inteiro, na alma e no corpo. Porque a sua Igreja não é somente uma comunidade de fé, mas também de vida, cada um deve poder sentir que tem nela um irmão, uma irmã: visitar os doentes é uma obra de misericórdia.


FRUTOS DA UNÇÃO DOS ENFERMOS

O efeito próprio deste sacramento é um dom do Espírito Santo para uma graça de reconforto, de paz e de coragem; renova a confiança do doente e a sua fé em Deus e fortalece-o contra as tentações de desânimo e de angústia (cf. CIC 1520). Mediante esta graça, Cristo "assume as nossas dores e carrega as nossas enfermidades" (Mt 8, 17). Une o doente mais intimamente à Paixão redentora e o faz participante na sua obra de salvação, porque, como São Paulo, o doente "completa na sua carne o que falta às tribulações de Cristo em favor do seu Corpo que é a Igreja" (Cl 1, 24). Assim, o sofrimento recebe um sentido novo: contribui para a santificação da Igreja e para a salvação de todos os homens pelos quais a Igreja sofre e se oferece ao Pai por meio de Cristo. Em determinados casos, se Deus o quer, o sacramento poderá obter a cura do doente, sinal de que Deus visitou o seu povo e que o Reino está próximo. Quem entrega a sua vida a Jesus, quem vive com Jesus, pode estar confiante: não será apartado desta comunhão, mesmo em caso de doença ou de perigo de morte. Os fiéis podem amparar-se no seu Senhor. Ele sabe o que é o sofrimento. Podem pedir-lhe que os ajude. Podem unir o seu próprio sofrimento ao seu, para a vida do mundo.

QUEM PODE RECEBER A UNÇÃO DOS ENFERMOS

Não se renova a Unção no decurso da mesma doença (porque este sacramento representa uma consagração do estado de doença), mas pode ser reiterada, se a doença se agrava. Ainda com mais forte razão, deve-se dar a Unção aos que estão às portas da morte. Nesse caso, depois da Unção, o doente recebe a santa Comunhão como "Viático" (= pão para a viagem). O sacramento da Unção dos Enfermos pode ser administrado no hospital, em domicílio, ou em uma igreja, e várias pessoas podem recebê-lo ao mesmo tempo. Quando for possível, é desejável que a Unção seja dada em presença da comunidade cristã e mesmo no decurso da Eucaristia, sacramento da Páscoa de Cristo, na qual os doentes podem comungar.

O OBJETO E A FORMA DA UNÇÃO DOS ENFERMOS

Ainda hoje, o Unção dos Enfermos é administrada da mesma maneira. O sacerdote, ministro ordinário do sacramento, reza pelo doente e com o doente. Unge-lhe a fronte e as mãos com o santo óleo dos enfermos e diz: "Por esta santa unção e pela sua infinita misericórdia, o Senhor vem em teu auxílio com a graça do Espírito Santo; para que, liberto dos teus pecados, ele te salve e, na sua bondade, alivie os teus sofrimentos".


A UNÇÃO DOS ENFERMOS NAS SAGRADAS ESCRITURAS

Desde o princípio, a Igreja tem uma solicitude muito particular pelos doentes: "Alguém dentre vós está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com o óleo em nome do Senhor. A oração feita com fé salvará o doente e o Senhor o restabelecerá. E se tiver cometido pecados, receberá o perdão" (Tg 5, 14-15). "Ninguém dentre nós vive para si mesmo ou morre para si mesmo. Se estamos vivos, é para o Senhor que vivemos e se morremos,é para o Senhor que morremos. Portanto, vivos ou mortos, pertencemos ao Senhor". Rm 14,7-8


SÓ O SACERDOTE É MINISTRO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS

O Código de Direito Canônico no cânon 1003 parágrafo 1 (Cf. Também can. 739 parágrafo 1 do Código dos Cânones das Igrejas Orientais) recolhe exatamente a doutrina expressada pelo Concílio Tridentino (Sessão XIV, can. 4: DS 1719; cf. também o Catecismo da Igreja Católica, n. 1516), segundo a qual só os sacerdotes (bispos e presbíteros) são ministros do Sacramento da União dos Enfermos. Esta doutrina é definitive tenenda. Nem diáconos nem leigos por isso podem exercer tal ministério e qualquer ação neste sentido constitui simulação do sacramento. Roma, desde a Sede da Congregação para a Doutrina da Fé, 11 de fevereiro de 2005, na memória da Virgem de Lourdes,

 Do blog Baixe a palavra

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