Muitos são os conflitos por que passamos na sociedade dos nossos dias.
Sempre há cobranças para termos muitas posses e fazermos muitas coisas,
de preferência aquelas que nos garanta status, nos tragam reconhecimento,
enaltecem nossas habilidades, talentos e revelam nossa capacidade de realizar,
produzir, consumir e nos mostrar. Enfim, tudo aquilo que garanta, de certa forma,
a nossa autossuficiência, autoafirmação e maquie nossa imagem, mostrando para
os outros nossas melhores facetas.
Em meio a todo esse emaranhado de eventos, somos freqüentemente tentados a buscar
nossa própria glória e a satisfazermos nossos desejos com os prazeres fúteis deste mundo.
Somos constantemente convidados e sutilmente seduzidos pelo sistema secular e tiramos
nossos olhos de Jesus e os focarmos em nós mesmos, no intuito de descobrir nossa identidade
com a visão limitada e ofuscada baseados no ter e no fazer.
Inseridos numa geração utilitarista, mercantilista, imediatista e egocêntrica, corremos o risco
de desenvolvermos a “síndrome da geração fast food”. Queremos tudo para agora da maneira
mais fácil e rápida possível. Perdemos a capacidade de pensar a longo prazo, de caprichar
naquilo que fazemos. Massacramos a criatividade e buscamos coisas prontas. Até mesmo os
relacionamentos têm sido influenciados por esta correria, não gastamos tempo em conversas
com nossos amigos, não sentamos mais na calçada para darmos risada à toa, não temos
mais prazer de ouvir as historias de nossos avós, não nos interessamos mais por poesias,
as crianças não brincam mais de descobrir desenhos em nuvens, não se deixam atrair pelas
brincadeiras simples e coletivas de rua.
Não há mais satisfação no seio familiar, a mesa já não é o ponto de encontro entre pais e
filhos. Os relacionamentos sólidos e consistentes são substituídos por relações liquidas e sem
compromisso.
A vontade de Deus não tem ocupado o centro das decisões e motivações. Estamos vivendo
uma geração indiferente às coisas espirituais, apaixonada por si mesma, cuja filosofia de vida
é o hedonismo e que, por conta disso, não saber produzir tão nobre sentimento, cuja origem
não está em outro lugar senão no coração de Deus. Somente Nele podemos amar, ou melhor,
é Ele quem ama través de nós!
Enquanto almejarmos tanto o fazer e o ter e supervalorizarmos a nossa própria imagem e
autossatisfação, não saberemos, de fato, quem somos, e nossa existência jamais terá sentido
como o atestou o sábio livro do Eclesiastes: “Vaidade de vaidade, tudo é vaidade [...] Também
isto é vaidade e correr atrás do vento” (Ec 1, 2; 2, 26).
Neste mesmo livro encontramos a chave que abre a porta à nossa busca incessante: “ Tudo
fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem”
(Ec 3, 11). Deus colocou a eternidade no coração do homem, portanto é Ele a única pessoa
capaz de preencher e possuir o nosso coração. É em Jesus, e apenas Nele, que encontramos
nossa verdadeira identidade, a real essência do nosso ser. É andando na vontade de Deus
que encontraremos a felicidade autêntica, descobriremos o propósito de nossas vidas e,
conhecendo o coração do Pai, ficaremos livres do mal.
Assim, conseqüentemente, iremos “romper” com essa nossa geração para nos apresentarmos
com aquela a qual Deus sonha, a geração de que tantos ouvimos e falamos: que irá ser
guiada pelo Espírito Santo e encarnará o corpo de Cristo, manifestado a vontade do Pai. Uma
geração de jovens cristão unidos, que busquem a santidade que sejam luz do mundo, que
não segregam nem são exclusivistas, mas que, ao invés disso, prosseguem olhando para Jesus,
amando uns aos outros. É assim que seremos reconhecidos como seus discípulos.
Algum tempo atrás quando estava ouvindo uma música um trecho dela chamou minha
atenção: “ agente passa a entender melhor a vida quando encontramos o verdadeiro amor.
Cada escolha uma renúncia: essa é a vida, estou lutando para me recompor.” É exatamente
disso que precisamos: encontrar o sentido da nossa vida composta por uma sucessão de
decisões a serem tomadas. Que a nossa escolha, a cada dia seja por Jesus. Que renunciando
a nós mesmos, prossigamos lutando pata nos recompor, ou seja, para voltarmos à nossa
composição original de imagem e semelhança de Deus.
Portanto precisamos sair de trás da moita, vir para a luz, quebrar o casulo, pegar nossa cruz e
seguir Jesus para andarmos na contramão deste mundo e superarmos esta geração.
Senhor ajude-nos a andar na sua vontade, que é boa, perfeita e agradável.
Ensina-nos a viver no primeiro amor, no amor que vem de ti, dê-nos a coragem e ousadia para
não nos conformarmos com este século, para não nos acomodarmos a esta geração tal que ela
se encontra. Porem nos encha com seu Espírito Santo para irmos além, sermos diferentes e
assim, vivermos como seus filhos, tendo como modelo o teu Filho Unigênito.
Amanda Ferreira é jovem participante do grupo JBS
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