O QUE É UM MÁRTIR?
A palavra mártir tem sua origem no grego mártyr, que significa “testemunha”. Provavelmente, sua origem primitiva está em duas palavras do sânscrito: smarâmi, que significa “minha lembrança”, e smrtu, que significa “memória”. O mártir é, portanto, uma testemunha do amor de Cristo. A Igreja, desde os primeiros séculos, celebra de forma especial o martírio ou testemunho que esses cristãos deram, ao morrer por sua fé na Igreja, em Cristo e em Deus. As comunidades católicas primitivas costumavam venerar o lugar do martírio dessas testemunhas da fé. Posteriormente, surgiu o culto às relíquias daqueles que morreram pela fé, espalhadas por diversos lugares, possibilitando que o culto aos mártires se estendesse pelo mundo inteiro. A data em que a Igreja comemora um mártir é a de sua morte. Isso porque através da morte se realizou a plenitude da vida. A morte para os cristãos é a celebração do verdadeiro nascimento. O martírio é um ato supremo de fé, e o mártir é apresentado aos fiéis como um modelo de imitação de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Catecismo da Igreja Católica (n° 2473) nos diz que o martírio é “o supremo testemunho dado em favor da verdade da fé; designa um testemunho que vai até a morte”. No sentido cristão, o mártir é a pessoa que dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. Para dar testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã, o mártir suporta a morte com um ato de fortaleza: “Deixai-me ser pasto das feras, pelas quais poderei chegar à posse de Deus” (Santo Inácio de Antioquia) Tal é a importância dada ao martírio que no Missal Romano, encontramos os formulários comuns para as missas dos Mártires, logo depois do Comum de Santa Maria Virgem e antes do Comum dos Pastores, Doutores e demais categorias de santos.
Fonte: BLOG 33catolico
Ah! O Mártir da foto é São Lourenço
São Lourenço – Diácono e Mártir – Igreja Católica
No
ano 257, o imperador romano Valeriano ordenou uma perseguição contra os
cristãos. No início, parecia mais branda do que a imposta por Décio.
Ela tinha mais uma conotação repressora, porque proibia as reuniões dos
cristãos, fechava os acessos às catacumbas, exilava os bispos e exigia
respeito aos ritos pagãos. Mas não obrigava a renegar a fé publicamente.
Entretanto, no ano seguinte, Valeriano ordenou que os bispos e padres
fossem todos mortos.
Lourenço,
na ocasião, era o arcediácono, do papa Xisto II, isto é, o primeiro dos
sete diáconos a serviço da Igreja de Roma. Dados de sua vida, anterior a
esse período, nunca foram encontrados. Porém devia ter uma boa formação
acadêmica, pois seu cargo era de muita responsabilidade e importância.
Depois do papa, era Lourenço o responsável pela Igreja. Isso quer dizer
que ele era o assistente do papa nas celebrações e na distribuição da
eucaristia. Mas, além disso, era o único administrador dos bens da
Igreja, cuidando das construções dos cemitérios, igrejas e da manutenção
das obras assistenciais destinadas ao amparo dos pobres, órfãos, viúvas
e doentes.
A
partir do decreto de Valeriano, os bispos começaram a ser executados e
um dos primeiros foi Cipriano de Cartago, que morreu em 258. Logo em
seguida foi à vez de o papa Xisto II ser executado, junto com os outros
seis diáconos.
Conta
a tradição que Lourenço conseguiu conversar com o papa Xisto II um
pouco antes dele morrer. O papa ter-lhe-ia pedido para que distribuísse
aos pobres todos os seus pertences e os da Igreja também, pois temia que
caíssem nas mãos dos pagãos. Lourenço foi preso e levado à presença do
governador romano, Cornélio Secularos, justamente para entregar todos os
bens que a Igreja possuía. Lourenço pediu um prazo de três dias, pois,
como confessou, a riqueza era grande e tinha de fazer o balanço
completo. Obteve o consentimento.
Assim,
rapidamente distribuiu tudo aos pobres e, quanto aos livros e objetos
sagrados, cuidou para que ficassem bem escondidos. Em seguida, reuniu um
grupo de cegos, órfãos, mendigos, doentes e colocou-os na frente de
Cornélio, dizendo: "Pronto, aqui estão os tesouros da Igreja". Irado, o
governador mandou que o amarrassem sobre uma grelha, para ser assado
vivo, e lentamente. O suplício cruel não demoveu Lourenço de sua fé.
Segundo uma narrativa de santo Ambrósio, Lourenço teria ainda encontrado
disposição e muita coragem para dizer ao seu carrasco: "Vira-me, que já
estou bem assado deste lado".
Lourenço
morreu no dia 10 de agosto de 258, rezando pela cidade de Roma. A
população mostrou-se muito grata a são Lourenço, que, pelo seu feito, é
chamado de "príncipe dos mártires". Os romanos ergueram, ao longo do
tempo, tantas igrejas em sua homenagem que nem mesmo São Pedro e São
Paulo, os padroeiros de Roma, possuem igual devoção.
ORAÇÃO:
Ó
Deus, o vosso diácono Lourenço, inflamado de amor por vós, brilhou pela
fidelidade no vosso serviço e pela glória do martírio; concedei-nos
amar o que ele amou e praticar o que ensinou. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
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