Você já parou para fazer a programação do seu
dia? Quantas horas por dia você dedica para você mesmo, para fazer alguma coisa
que você goste?
Pois então, vamos fazer alguns cálculos
rápidos:
-O
dia tem 24 horas, se você dorme bem, dorme pelo menos 8 horas, logo sobram 16
horas
-Se você trabalha, trabalha pelo menos 8
horas, logo sobram 8 horas
-Se você trabalha e pega ônibus, passa cerca
de 2 horas neles, logo restam 6 horas
-Se
você ainda estuda em uma faculdade, por exemplo, estuda cerca de 4 horas, logo
restam 2 horas
Agora te pergunto:
-O que você faz nestas 2 horas?
Será que você está dedicando tempo para você
mesmo?
-Tem praticado algum esporte? Lido um livro
ou tocado aquele instrumento que você tanto gosta? Há quanto tempo não visita
aqueles amigos de tanto tempo? E sua família, tem sido um estranho dentro de
casa? As vezes é preciso parar e reavaliar a vida, o modo como a vivemos, onde
e como dispensamos nosso tempo, não que não façamos coisas importantes, mas
será que são as mais importantes?
Veja esta história:
“Conta
antiga lenda, que um jovem com habilidade e rapidez no corte de lenha, procurou
um mestre, o melhor cortador de lenha da região e pediu para ser aceito como
seu discípulo a fim de aperfeiçoar seus conhecimentos.
O
mestre concordou e passou a ensiná-lo. Não se passou muito tempo e o discípulo
julgou ser muito melhor que o mestre, desafiando-o para uma competição em
público.
Tendo
o mestre aceito o desafio, tudo foi marcado, preparado e teve início a
competição.
O
jovem trabalhava no corte de lenha sem parar, e, de em quando, olhava para
conferir como estava o trabalho do mestre. Para grande surpresa do jovem, o
mestre encontrava-se muitas vezes sentado, tendo isto ocorrido durante toda
competição.
Isto
fortaleceu a determinação do jovem, que continuou a cortar a lenha e a pensar ― “Coitado, o mestre realmente está muito velho...”
Ao término da competição foram medir os
resultados, e o mestre havia cortado mais lenha que o discípulo.
O jovem indignado disse:
-Não consigo entender, não parei de
cortar lenha o dia todo, com toda minha energia, e toda vez que eu olhava o
senhor estava descansando!
O mestre respondeu:
-Não meu jovem, eu não descansava, só
amolava o meu machado. Você, por estar tão empolgado em cortar mais lenha, se
esqueceu deste pequeno detalhe.
Sua produtividade caiu e você perdeu.
O nosso machado é a nossa mente. Se não
a amolarmos constantemente ela perderá o corte e aí não poderemos cortar as
nossas madeiras do dia-a-dia da maneira como cortávamos anteriormente”
Temos preocupações
exageradas, e acabamos abraçando tudo que nos aparece, esta situação traz duas
complicações: - A primeira é que ficamos sem tempo para nós mesmos, porque
assumimos mais compromissos do que deveríamos muitas vezes por achar que se não
assumir, ninguém os fará. – A segunda é que acabamos tirando a oportunidade de
outras pessoas, é já pensou nisso? Quantas pessoas não desenvolvem suas
habilidades por falta de espaço ou de oportunidade. E a culpa muitas vezes é sua
por abraçar tudo.
Até Jesus às vezes dava um tempo de
tudo para repensar as coisas e se abastecer:
“Passado uns oito dias, Jesus tomou consigo
Pedro, Tiago e João, e subiu ao monte para orar.” Lucas 9, 28
Quando Jesus subia ao
monte, Ele estava dando um tempo para si mesmo, um tempo para recarregar as
baterias, para descansar a mente, para fortalecer a alma. Por isso o título
deste post é “A arte de dizer não”
Precisamos aprender a
dizer não, e isso não significa ser omisso, ou se negar a fazer o que é
preciso, mas significa que você não é o único, que há outras pessoas capazes de
fazer aquilo que você faz, nem sempre com a mesma competência, mas talvez com a mesma vontade. E isso não é ruim, é ótimo! Significa que você não
precisa abraçar tudo, significa que o trabalho pode ser partilhado, significa mais
tempo para você!
Tem uma frase muito
boa que eu ouvi de um feirante e que resume esse tema muito bem: “Se cada um carregar uma caixa, ninguém
carrega duas!”
Então,
divida suas caixas e dê oportunidades para que outras pessoas cresçam e se
tornem prestativas, assim como você. E aproveite o tempo que vai sobrar para
passear, tocar, cantar, brincar, curtir a namorada, a família, os amigos, etc,
etc, etc...
Marcel Luís
Um comentário:
Passei por uma fase de dizer não a pouco tempo, pois como disse no texto abraçei todas as oportunidades que a vida para não perder tempo, mas foi o que aconteceu perdi o precioso tempo comigo mesma e com deus então desisti de algumas coisas para que voltasse a ter foco na minha vida e fazer coisas que realmente gosto e que são necessárias
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