domingo, 6 de janeiro de 2013

“Ora e trabalha”, palavra de São Bento!


Talvez nem todos saibam que o Papa João Paulo II, no dia 13 de maio de 1994, aniversário do atentado que sofreu na Praça de São Pedro em 1981, transformou uma das residências do Vaticano num mosteiro destinado a abrigar religiosas “de vida contemplativa”, ou seja, de pessoas que escolhem como estilo de vida “distanciar-se” do mundo para melhor amá-lo e servi-lo através da oração.

A novidade suscitou alegria e esperança em vários Institutos. Os pedidos de admissão foram tão numerosos, que se fez necessário estabelecer uma rotatividade: cada comunidade ficaria no Vaticano por cinco anos. As primeiras religiosas a serem acolhidas foram as Clarissas, seguidas pelas Carmelitas e pelas Beneditinas. Em 2009, a intensa procura obrigou as autoridades do Vaticano a diminuir o tempo de permanência para três anos.

No final deste ano, as Irmãs Visitandinas – as atuais inquilinas – cedem o posto a outras religiosas. Antes de se retirar, a Irmã Maria Begoña Sancho Herreros concedeu uma entrevista ao jornal “Osservatore Romano”, explicando o sentido de um mosteiro no Vaticano: «Apraz-me comparar a nossa oração com o papel de Aarão e Hur, que sustentaram os braços de Moisés, enquanto Israel combatia contra Amalec. Nós também, dentro de nossas possibilidades, ajudamos o Papa a manter os braços estendidos para auxiliar a Igreja. Cremos firmemente na comunhão dos santos, na transmissão da graça pela salvação de todos. É um mistério que diz respeito a todos os batizados, e interpela a nós também. Não sabemos nem vemos para onde vai o fruto de nossa oração, mas estamos certas de que Deus a utiliza para o bem comum».

O texto bíblico citado pela Ir. Maria elucida a sintonia existente entre ação e contemplação: «Quando Moisés ficava com as mãos levantadas, Israel vencia; quando as abaixava, Amalec dominava. Sendo que suas mãos já estavam pesadas, Aarão e Hur pegaram uma pedra e a ofereceram a Moisés para que se assentasse. E, um de cada lado, passaram a sustentar os seus braços» (Ex 17,11-12). Enquanto Moisés rezava na montanha, os soldados judeus lutavam e venciam na planície.

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