A história do Cristianismo é mesclada com a
história de incontáveis mártires que, desde os primeiros séculos até os dias de
hoje, testemunham, com o derramamento de sangue, a fé incondicional no Salvador
da humanidade.
Já nos Atos dos Apóstolos, temos o relato do
martírio de Estevão e o apóstolo Tiago. A partir daí, o Cristianismo é
dispersado pelo mundo e chega a Roma, onde sob o imperador Nero (64 D.C)
inaugura-se uma verdadeira caça aos cristãos, a qual
só terá fim três séculos depois.
“No início, os cristãos precisavam ser bem
preparados para assumirem o batismo, porque abraçar a fé, naquela época,
significava correr um perigo constante de morte”, afirma padre Carlo, professor de
história da Igreja na Universidade Santa Cruz de Roma.
Quando falamos de perseguição ao Cristianismo, nada
pode se comparar ao Século XX. Só os mártires provenientes das
grandes revoluções e regimes ditatoriais superam os de toda a história. A
Revolução Russa (1917), por exemplo, levou à morte cerca de 17 mil sacerdotes e
34 mil religiosos. O Comunismo se espalhou pelo mundo e declarou a religião
como subversiva e inimiga do Estado. Igrejas, conventos e seminários são fechados
e destruídos. São incontáveis os números de mártires em países como União
Soviética, Lituânia, Romênia, China, Vietnã, Camboja e Cuba.
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